O que é SEO e como usar essa estratégia [Guia Completo]

atualizado 14 de março de 2024
Tempo de leitura26 minutos
Eduardo S.
Eduardo S.
Redator

Quem não quer aparecer nas primeiras posições da busca orgânica do Google? A estratégia de marketing digital responsável por isso é o SEO.

Apenas para ilustrar, a cada mês, são realizadas mais de 100 bilhões de pesquisas apenas no Google. Ou seja, um bom posicionamento nos mecanismos de busca pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso das suas estratégias de marketing digital.

Os links mais visualizados e clicados pelos usuários estão lá, e geralmente eles não passam da primeira página para encontrar as respostas que procuram. Assim, uma boa estratégia de SEO pode ajudar você a alcançar esse objetivo.

Seu site, blog ou loja virtual se torna mais conhecido, ganha autoridade no mercado, recebe mais visitantes e aumenta as chances de conversão.

E o melhor? Você pode fazer tudo isso sem investir em mídia, apenas otimizando suas próprias páginas e o relacionamento com outros sites para melhorar a experiência de busca e navegação dos usuários. Por isso, neste guia, você irá aprender tudo sobre o que é SEO e como fazer na sua página. Confira!

O que é SEO?

Todas as empresas e usuários que mantêm um site compartilham um objetivo comum: atrair mais visitantes. O site é a porta de entrada para qualquer empreendimento nos dias de hoje, o que enfatiza ainda mais a importância de otimizar o SEO em cada uma de suas páginas.

Já tinha ouvido falar desse termo antes? É diferente de CEO, hein! Se você chegou até aqui sem conhecê-lo, com certeza já ouviu falar do Google, não é verdade?

Cada vez que uma página é publicada na internet, os mecanismos de busca - sendo o Google o mais popular- tentam indexá-la para que ela seja encontrada por quem busca pelo assunto abordado.

Porém, com milhares de páginas sendo publicadas diariamente, a competição para aparecer nos primeiros resultados de pesquisa é intensa. Então, como fazer para que uma página se destaque entre as outras?

A resposta está no SEO (Search Engine Optimization). Como o próprio nome sugere, o SEO é uma otimização para os motores de busca, um conjunto de técnicas que influenciam os algoritmos dos mecanismos de busca a classificar uma página para uma determinada palavra-chave pesquisada.

Imagem de uma pessoa com notebook aberto e uma barra de pesquisa

O que são motores de busca?

Sistemas de busca são compostos por uma série de algoritmos que têm a finalidade de rastrear, indexar e classificar os conteúdos da internet para apresentá-los de forma organizada nas pesquisas dos usuários.

Além do Google, esses sistemas também podem ser chamados de buscadores, sites de busca, mecanismos de pesquisa ou search engines (em inglês).

Quando mencionamos buscadores, não estamos nos referindo apenas ao Google, mas também ao Bing, Yahoo!, Baidu e outros. Até mesmo o YouTube e o Pinterest, por exemplo, podem ser considerados mecanismos de busca, já que são amplamente utilizados para encontrar conteúdo.

É inegável que o Google se destaca entre eles, com mais de 92% de participação no mercado de buscas.

Cada mecanismo de busca tem seu próprio método de funcionamento e critérios de classificação. No entanto, o objetivo final é sempre o mesmo: fornecer as melhores respostas para as buscas dos usuários.

Como funcionam os motores de busca?

Você já imaginou o que acontece nos bastidores do Google toda vez que você faz uma busca? Para apresentar uma lista de resultados que responda à sua pergunta, há um processo extenso - embora isso ocorra em milissegundos.

Os mecanismos de busca operam em três etapas básicas:

Inicialmente, os buscadores rastreiam os conteúdos da internet. Esse trabalho é realizado pelos robôs ou spiders - no caso do Google, conhecidos como Googlebot. Eles seguem os links disponíveis, buscando por novas páginas e atualizações.

Em seguida, as páginas rastreadas são indexadas. Isso significa que elas são adicionadas ao índice do buscador, que funciona como uma grande biblioteca de conteúdos da internet.

Nesse índice, as páginas são organizadas com base nas informações coletadas durante o rastreamento, como o tempo de carregamento das páginas e as palavras-chave principais.

Os processos de rastreamento e indexação são contínuos. Os robôs estão constantemente em ação para encontrar e organizar os conteúdos da internet. No entanto, a ordem em que eles aparecem nos resultados de busca é determinada no momento do ranqueamento.

O ranqueamento ocorre sempre que um usuário faz uma busca - e é nesse momento que o SEO entra em jogo.

Com base na palavra-chave utilizada na busca, o Google pesquisa rapidamente seu índice em busca de páginas que correspondam aos termos e respondam à pergunta do usuário.

A classificação é então determinada pela melhor correspondência de palavra-chave, juntamente com uma variedade de fatores de ranqueamento que compõem o algoritmo de busca.

Esses fatores são projetados para oferecer uma experiência melhor ao usuário e, consequentemente, melhorar a posição das páginas nos resultados de busca.

Quais são os Fatores de Rankeamento no SEO?

Como os fatores de ranqueamento operam? Imagem com gráfico mostrando seta ascendente. Estima-se que o algoritmo do Google leve em consideração mais de 200 fatores de ranqueamento. A interação entre esses fatores é determinante para a posição das páginas nos resultados de busca.

O Google não divulga explicitamente quais são esses fatores, embora forneça algumas declarações que revelam alguns segredos. Além disso, o mercado em si se dedica a realizar estudos para descobrir o impacto de determinadas ações na classificação de uma página.

De forma geral, sabemos que os fatores de ranqueamento podem ser divididos em dois grupos: on-page e off-page.

On page

Os fatores de ranqueamento on-page são aqueles presentes nas próprias páginas do seu site. Quando se trata de SEO on-page, estamos falando de otimizações nessas áreas. Alguns exemplos incluem:

  • Conteúdo;
  • Título e meta descrição;
  • Tags de cabeçalho;
  • Imagens;
  • URLs;
  • Rich snippets.

O Google analisa esses fatores para compreender o conteúdo das suas páginas e, assim, indexá-las corretamente. Além disso, esses fatores ajudam o mecanismo de busca a determinar se você está proporcionando uma boa experiência ao usuário, com informações claras e organizadas.

Palavra-chave em foco

Hoje, o Google trabalha utilizando um sistema de análise semântica do conteúdo de uma página, ou seja, não é mais possível simplesmente encher um texto com a mesma palavra-chave para forçar a ferramenta a ranqueá-lo na melhor posição.

Ao invés disso, o buscador já entende sinônimos e é capaz de considerar o contexto para verificar se o uso da palavra-chave ocorre de forma natural ou está sendo forçado no texto para tentar enganar o mecanismo - ato conhecido como Blackhat.

Qualidade e tamanho do conteúdo

Páginas pequenas ou com poucas palavras têm menos chances de ranquear bem no buscador. Inclusive, de acordo com o Cognitive SEO, as páginas na primeira posição do Google têm, em média, 2.500 palavras.

Título interno, título SEO e metadescrição

O título de seu conteúdo também é muito importante. Ele deve conter a palavra-chave em foco e também precisa chamar a atenção do leitor enquanto respeitando um limite de caracteres.

Vale mencionar que o título interno - como aquele que aparece em seu próprio blog - não fica preso ao limite. Já para garantir que todo o conteúdo do título seja visível em uma pesquisa no Google, o título SEO não pode passar de aproximadamente 55 caracteres, incluindo espaços.

Já a metadescrição serve para apresentar ao usuário de forma breve qual é o teor do conteúdo e sobre o que ele se trata. Esse atributo é visto imediatamente abaixo do título SEO nas páginas de resultado dos buscadores.

Ilustração de uma tela de pesquisa com termos de SEO e uma pessoa em pé ao lado

URL amigável

Outro fator importante é que a url do conteúdo também contenha a palavra-chave em questão e não seja exibido apenas em códigos. Considere o exemplo abaixo.

Um artigo com a URL:

nomedoblog.com.br/marketing-digital/o-que-e-seo.html

Tem muito mais chances de ranquear bem se comparado a um artigo com uma URL codificada, como:

nomedoblog.com.br/categoria1/dQw4w9WgXcQ.html

Além disso, é importante que sua página ofereça um certificado de segurança SSL - que faz com seu o domínio apresente o prefixo "https", onde o "s" representa uma página segura. Para isso, serviços como o Hostgator podem ajudá-lo a garantir a segurança de seu website, por exemplo.

Imagens otimizadas e rastreáveis

Além do conteúdo em texto, é importante que qualquer imagem utilizada no conteúdo seja comprimida para reduzir seu tamanho em bits. Isso porque imagens grandes podem resultar em um maior tempo de carregamento de uma página e isso é penalizado pelo Google.

E isso não é tudo, hoje já existem diversos leitores de tela feitos para auxiliar pessoas com deficiência visual e, por isso, o Google considera que a descrição da sua imagem é extremamente importante. Isso é feito através do atributo alt text em HTML, que serve para descrever o conteúdo da imagem.

Por fim, não nomeie seus arquivos de imagem com códigos. Ao invés disso, utilize nomes que também remetem ao conteúdo exibido.

Tempo de carregamento e compatibilidade mobile

Como mencionamos anteriormente ao falar sobre comprimir imagens, o tempo de carregamento de uma página também é crítico para seu ranqueamento no Google. Isso porque o buscador prioriza websites mais rápidos.

Outro fator de peso é a responsividade do design da página, ou seja, o quão bem ela se ajusta à tela de um smartphone ou tablet, por exemplo.

É por isso que normalmente temos visões diferentes no navegador do computador e nos dispositivos móveis ao acessar a mesma página.

Por fim, os links internos também tem grande peso e devem ser considerados na hora de se trabalhar o SEO.

Estes são todos os links em seu conteúdo que levam para outras páginas dentro do mesmo domínio, como por exemplo para outros artigos dentro do blog ou para outros produtos em seu ecommerce, assim como para outros domínios relacionados - como ao apontar a fonte de uma pesquisa mencionada em um artigo, por exemplo.

Entretanto, é importante não exagerar para manter uma boa taxa de texto para código (code to text ratio), mostrando ao Google que seu objetivo com os links não é tirar o visitante do conteúdo a todo custo, mas sim complementá-lo.

Off page

Os fatores off-page, por outro lado, são elementos externos à página que indicam sua relevância. Assim, o SEO off-page envolve otimizar a autoridade do site aos olhos dos usuários e de outros sites da web, com ênfase na obtenção de backlinks. Alguns exemplos desses fatores incluem:

  • Quantidade de backlinks;
  • Diversidade de backlinks;
  • Contexto dos backlinks;
  • Menções à marca;
  • Sinais sociais;
  • Buscas diretas.

Para o Google, esses fatores indicam o nível de autoridade de um site na web. Se uma página recebe muitos visitantes de buscas diretas pelo nome da marca, além de ganhar vários backlinks e menções de sites de qualidade, ela provavelmente tem mais autoridade no mercado.

Este é um ponto de extrema importância durante o SEO, pois serve para mostrar aos mecanismos de busca que sua página tem qualidade o suficiente para ser indicada por outros websites, especialmente aqueles que atuam dentro do mesmo nicho ou atingem o mesmo público.

Isso é feito através da construção de backlinks - também conhecido como Link Building - que funcionam essencialmente como uma indicação. Dessa forma, o Google entende que: quanto mais páginas importantes indicam (linkam para) o seu conteúdo, melhor ele é.

Localização

O Google é capaz de distinguir pesquisas relacionadas à localidade e, por isso, se este for o caso para seu negócio e suas páginas, é importante garantir que a ferramenta possa identificar rapidamente de onde é o seu negócio e qual área ele atende.

Claro, este não é o caso para pessoas que trabalham com infoprodutos ou mercadorias digitais, mas certamente impacta o mercado de negócios digitais locais - como lojas virtuais que não atendem todo o país, restaurantes, entre outros.

Impacto nas redes sociais

Por fim, outro fator a se considerar durante a otimização para mecanismos de busca é o impacto de cada conteúdo nas redes sociais.

Neste cenário, o Google é capaz de identificar quantas vezes um website foi compartilhado em páginas como o Facebook, Twitter, Instagram, YouTube, entre outros.

Da mesma forma que durante a construção de backlinks, ele utiliza estes dados para identificar que a página realmente é útil para usuários em busca do conteúdo relacionado àquela palavra-chave.

Black Hat x White Hat

O algoritmo do Google trabalha constantemente para melhorar a experiência de busca dos usuários. Isso implica não apenas aprimorar os resultados das buscas, mas também combater conteúdos duvidosos e de baixa qualidade, conhecidos como black hat.

O black hat tem sido um alvo do Google desde os primeiros dias do SEO. Quando o algoritmo era novo e mais vulnerável, era possível manipulá-lo e obter as melhores posições, mesmo sem oferecer conteúdo relevante. Algumas práticas comuns de black hat incluem:

  • Doorway pages: páginas otimizadas apenas para redirecionar para páginas maliciosas;
  • Cloaking: exibição de conteúdo diferente para usuários e para os bots de busca;
  • Link farms: páginas que contêm apenas links para outras páginas;
  • Keyword stuffing: repetição excessiva de palavras-chave;
  • Textos e links ocultos: ocultação de texto e links dos usuários, mas não dos bots de busca;
  • Spam nos comentários: comentários em blogs apenas para obter backlinks.

Como começar uma estratégia de SEO?

Para conquistar o tráfego orgânico desejado, é fundamental que o conteúdo do seu blog seja relevante para o seu público-alvo. Mas como as pessoas vão encontrar esse conteúdo?

Assim como em qualquer estratégia de marketing, tudo começa com um bom planejamento: quais são os objetivos que você quer alcançar com o SEO, quem é o seu público-alvo e como você pretende alcançá-lo?

Essas são questões fundamentais que vão direcionar o sucesso da sua estratégia.

É importante ressaltar que uma estratégia de SEO normalmente leva tempo para mostrar resultados, principalmente no médio e longo prazo. Não espere resultados imediatos, como pode acontecer com anúncios e links patrocinados.

No entanto, o SEO tende a proporcionar um retorno mais consistente ao longo do tempo. Dito isso, vamos aos primeiros passos de como fazer SEO:

imagem de uma tela de computador escrito SEO

Definição de objetivos

O primeiro passo da sua estratégia é determinar quais são os seus objetivos ao otimizar o seu site, blog ou loja virtual. É importante entender o que o SEO pode oferecer, como por exemplo:

  • Aumentar o tráfego orgânico;
  • Gerar mais leads;
  • Aumentar as vendas;
  • Reduzir o custo de aquisição de clientes (CAC);
  • Educar o mercado;
  • Aumentar a autoridade da marca.

É fundamental alinhar esses objetivos de SEO aos objetivos macro da sua marca. Se a sua empresa deseja aumentar o reconhecimento da marca, por exemplo, o SEO pode ajudar ao posicionar o site da empresa de forma proeminente nas primeiras posições do Google.

Ao definir os objetivos, você também pode estabelecer metas e KPIs. Por exemplo, se você deseja aumentar a autoridade, pode utilizar métricas como Domain Authority e Page Authority. Determine a pontuação que deseja alcançar nessas métricas e em quanto tempo.

Assim, durante e após a execução da estratégia, você pode verificar esses indicadores para determinar se está no caminho certo para atingir seus objetivos.

Definição da persona

Outra etapa importante no planejamento é a definição da persona. Para quem sua estratégia está direcionada? Com quem você precisa se comunicar? Quem você deseja atrair para o seu negócio?

A persona é a representação de um personagem semifictício que exemplifica um cliente ideal da sua marca, com suas dúvidas, dores e necessidades reais, que você pode ajudar a resolver. Ela deve ser criada com base em dados reais de clientes, obtidos por meio de pesquisas, questionários e entrevistas.

Ao desenvolver a persona, é crucial considerar as etapas do funil de vendas, que geram diferentes demandas para as pessoas. Essas demandas podem ser identificadas pelos tipos de palavras-chave utilizadas nas pesquisas: geralmente são mais genéricas no início do funil e mais específicas conforme avançam.

Pesquisa de palavras-chave

A pesquisa de palavras-chave tem como objetivo identificar os termos de busca que têm maior potencial para a sua estratégia, levando em consideração o volume de buscas, as conversões e a competitividade.

Essa pesquisa é uma das principais ferramentas de planejamento para estratégias de SEO e Marketing de Conteúdo. Ela permite identificar oportunidades de otimização e definir as prioridades de produção de conteúdo.

O processo de pesquisa de palavras-chave geralmente começa com a elaboração de uma lista de termos relacionados à sua área de atuação, produtos e marca. Você pode obter ideias através do Google Analytics e do Google Search Console, como mencionado anteriormente, ou por meio de ferramentas específicas de palavras-chave, que serão apresentadas a seguir.

Depois de criar a lista, é importante organizá-la. Você pode agrupar os termos de acordo com cada etapa do funil de vendas e priorizá-los com base no potencial de retorno para a sua estratégia.

Por exemplo, se você está começando um blog no seu site e identifica a palavra-chave que mais direciona tráfego para ele, pode começar por essa palavra e produzir um post otimizado para atrair mais visitantes.

Tipos de busca

Durante o processo de compra, as pessoas realizam diferentes tipos de busca para resolver suas dúvidas.

Para criar estratégias de conteúdo e SEO eficazes, é essencial compreender a intenção por trás de cada pesquisa, alinhando as consultas dos usuários com o que sua marca tem a oferecer.

Vamos analisar os principais tipos de busca:

  • Pesquisa navegacional;
  • Pesquisa transacional;
  • Local;
  • Notícias;
  • Institucionais;
  • Músicas;
  • Buscas acadêmicas;
  • Informações pontuais (clima, data etc.);
  • Imagens;
  • Vídeos.

É importante notar que, para cada tipo de busca, o Google tem se esforçado cada vez mais para fornecer resultados específicos. Por exemplo, em buscas por produtos (transacionais), são exibidos resultados do Google Shopping. Para buscas por músicas, o Google apresenta o clipe no YouTube e a letra.

O objetivo é aprimorar a experiência de busca, oferecendo respostas mais rápidas e precisas aos usuários.

Tipos de Palavras-chave

Em conjunto com os tipos de busca, é fundamental entender os tipos de palavras-chave utilizadas para encontrar informações na web.

Esses tipos são conhecidos como head tail e long tail.

Esses termos se referem a diferentes partes de uma cauda (como ilustrado na imagem abaixo) e correspondem a diferentes etapas da jornada do cliente. Quanto mais na ponta da cauda uma palavra-chave estiver, mais específica ela será e mais próxima da decisão de compra o usuário estará.

Para uma estratégia de SEO eficaz, é crucial trabalhar com esses dois tipos de termos para alcançar potenciais clientes em todas as etapas da jornada. A seguir, vamos entender melhor cada um deles.

Head Tail

As palavras-chave head tail são amplas e genéricas, geralmente usadas no início da jornada de compra. Nesse estágio, o consumidor ainda não tem certeza do que precisa, então começa com esse tipo de busca e, gradualmente, torna a pesquisa mais específica.

Normalmente, os termos head tail têm um alto volume de buscas, o que pode gerar muito tráfego, mas também atrair um público amplo, com poucas chances de conversão.

Além disso, essas palavras-chave costumam ter uma concorrência elevada pelas primeiras posições, o que torna o rankeamento mais difícil.

Por exemplo, buscas como:

  • Marketing;
  • Marketing pessoal;
  • Marketing Digital;
  • Marketing empresarial;
  • Marketing tradicional.

Long Tail

As palavras-chave long tail, também conhecidas como cauda longa, são mais específicas e geralmente são usadas no final da jornada de compra.

Nesse ponto, o consumidor já pesquisou bastante sobre o que precisa para resolver sua necessidade, conhece melhor as soluções disponíveis, mas ainda busca informações para tomar sua decisão final.

Ao contrário das palavras-chave head tail, as long tail não costumam gerar tanto tráfego, pois têm um volume de busca menor.

No entanto, elas atraem visitantes mais propensos à compra e tendem a gerar mais conversões. Além disso, é mais fácil ranquear para essas palavras-chave, já que a concorrência é menor.

Por exemplo, se um usuário estava interessado em marketing, agora ele pode buscar por termos mais específicos relacionados ao tema. A especificidade dos termos vai depender da necessidade que a pessoa precisa resolver, como:

  • Consultoria de marketing preços;
  • Onde fazer curso de marketing;
  • Quanto ganha um profissional de marketing.

Ferramentas para SEO

Lembre-se, o SEO requer um bom trabalho de pesquisa de palavras-chave e a compreensão de quem é o seu público alvo e como essas pessoas fazem suas buscas em ferramentas como o Google, Bing, Yahoo, entre outras.

Para isso, hoje já existem diversas ferramentas que podem ajudá-lo durante esse processo, conheça abaixo algumas delas:

SEMrush

Primeiramente, o SEMrush é uma plataforma projetada para impulsionar seus resultados através de SEO. Com ele, você poderá acompanhar seus backlinks e links internos, identificar novas palavras-chave para trabalhar em suas páginas e direcionar suas estratégias de marketing digital de acordo com o que está em alta no mercado.

Confira nossa avaliação completa do SEMrush e descubra se ele vale a pena para seu negócio.

Dentro da plataforma de anúncios do Google existe um recurso chamado Keyword Planner. Com ele, você poderá fazer pesquisas de palavra-chave ou descobrir novas keywords que fazem sentido para o seu negócio, de acordo com suas páginas, competidores e nicho de mercado.

Para isso, será necessário criar sua conta no Google Ads e configurá-lo juntamente ao seu próprio website, seja ele um blog, loja virtual, etc.

Ahrefs

Semelhante ao SEMrush, o Ahrefs também é uma plataforma de SEO que facilita e impulsiona estratégias de marketing digital. Nele, também é possível identificar novas palavras-chave, descobrir quais são suas melhores páginas e acompanhar seu ranqueamento nas SERPs (Search Engine Result Pages, ou página de resultado dos motores de busca).

Quais são os updates do Google?

Uma ótima maneira de entender o que é SEO na prática é acompanhar as atualizações do Google. Cada nova atualização leva os profissionais a questionar a qualidade de seus projetos e, consequentemente, a buscar formas melhores de implementar mudanças que resultem em métricas mais positivas.

Essas atualizações podem ser abrangentes, conhecidas como Core Updates, e trazer mudanças significativas na forma como o mecanismo de busca opera.

Ao mesmo tempo, também é comum encontrar atualizações mais simples e específicas, como mudanças nos fatores de ranqueamento ou nas práticas recomendadas de otimização.

1. Florida (2003)

O Florida foi o primeiro grande update lançado pelo Google. Foi em novembro de 2003, quando os sites se preparavam para as estratégias de vendas do Natal.

Nesse mesmo período, a conferência de marketing Pubcon Florida estava prestes a acontecer, e os profissionais de SEO começaram a notar sinais de que o sistema de ranqueamento havia sido alterado.

Acredita-se que essa atualização estivesse relacionada à análise dos links publicados nos sites e sua influência no ranqueamento. O impacto foi significativo, com muitos sites "inocentes" sendo prejudicados, justo em um momento importante para o comércio eletrônico. Na ocasião, o Google prometeu não realizar grandes atualizações próximas a grandes feriados.

2. Panda (2011)

Essa atualização visava identificar sites com conteúdo superficial ou de intenções duvidosas, que não ofereciam informações de qualidade para o usuário. Na época, grandes sites foram impactados e perderam posições significativas.

3. Penguin (2012)

Seguindo os passos da atualização Panda, o Penguin foi mais um esforço para identificar e valorizar sites de alta qualidade que ofereciam informações relevantes para o usuário.

Naquela época, uma prática comum entre as "fórmulas mágicas" de ranqueamento era o keyword stuffing, que consistia na repetição excessiva de palavras-chave em um conteúdo. Essa prática resultou em penalidades significativas e afetou mais de 3% dos sites produzidos em inglês.

4. Hummingbird (2013)

Essa atualização ocorreu próximo ao 15º aniversário do Google, em setembro de 2013. Enquanto o Panda e o Penguin foram mudanças em partes do algoritmo, o Hummingbird foi lançado como uma versão totalmente nova.

Seu objetivo era fornecer resultados mais rápidos e precisos para o usuário, com foco na intenção por trás da palavra-chave e não apenas no termo exato digitado no buscador.

5. Pigeon (2014)

Pigeon foi mais um dos updates do Google e é reconhecido como um dos mais impactantes quando se trata de buscas locais. Essa atualização alterou a maneira como os negócios são apresentados na SERP, favorecendo aqueles com uma forte presença online e boas recomendações de usuários.

6. HTTPS/SSL Update (2014)

O SSL utiliza um sistema de criptografia para estabelecer um canal seguro entre o servidor e o navegador, garantindo que os dados transmitidos pelo usuário sejam confidenciais e tratados com segurança.

Ao navegar em um site com esse certificado de segurança, é possível ver um ícone de cadeado ao lado da URL. Além disso, o endereço começa com "https://" em vez de "http://", indicando que os dados estão sendo criptografados.

7. Mobile friendly update — Mobilegeddon (2015)

Essa atualização tinha como objetivo favorecer sites "mobile-friendly", ou seja, que são otimizados para dispositivos móveis. Sites que não estavam otimizados corriam o risco de serem penalizados. De acordo com o Google, essa atualização teve efeitos mais visíveis do que o Panda e o Penguin.

8. Rankbrain (2015)

O RankBrain permite que o Google compreenda consultas desconhecidas ou exclusivas e as associe a resultados existentes para oferecer resultados relevantes para o usuário.

Se o algoritmo encontra uma frase desconhecida, ele pode adivinhar palavras ou frases que tenham um significado semelhante, em vez de não apresentar nenhum resultado para o usuário.

9. Fred (2017)

O Fred é mais um dos updates do Google e foi projetado para identificar sites que utilizam práticas "Black Hat", que são tentativas de manipular o mecanismo de busca para obter melhores posições e aumentar a monetização de forma agressiva. Essas práticas incluem:

  • Excesso de anúncios que prejudicam a experiência do usuário;
  • Conteúdo de baixa qualidade;
  • Keyword stuffing;
  • Conteúdos sobre assuntos aleatórios e sem relação entre si, com o único objetivo de atrair tráfego;
  • Monetização agressiva.

10. Mobile-first index (2018)

Nessa atualização, o Google começou a priorizar a versão mobile de um site ao classificá-lo, em vez da versão para desktop, que era considerada anteriormente.

11. Medic update (2018)

Essa atualização impactou sites categorizados como YMYL - Your Money, Your Life (Seu Dinheiro, Sua Vida). Essas são páginas que:

  • Solicitam dados bancários, documentos ou informações pessoais;
  • Fornecem orientações sobre questões financeiras ou de saúde;
  • São lojas virtuais ou sites onde é possível fazer compras;
  • Compartilham informações governamentais, leis ou notícias.

12. E-A-T (2019)

Três novos aspectos passaram a ser considerados pelo Google ao classificar uma página. São eles:

  • Expertise (expertise);
  • Autoridade (authority);
  • Credibilidade (credibility).

O E-A-T, na prática, envolve a publicação de páginas confiáveis, escritas por indivíduos com experiência no assunto que estão abordando ou que têm a capacidade de basear-se em referências e fontes relevantes.

13. Atualização de confiabilidade (2019)

Qualquer sinal que indique uma possível falta de confiança para o usuário pode ser prejudicial devido a essa atualização do Google. Erros gramaticais, sites estrangeiros com tradução automática ou que não ofereçam a melhor informação possível para o usuário serão afetados.

14. Atualização de diversidade (2019)

Sites que apresentavam uma variedade de páginas diferentes para a mesma busca foram afetados por essa atualização. A partir de 2019, apenas dois resultados seriam exibidos na primeira página.

Essa medida visava oferecer maior diversidade na SERP, já que sites com alta autoridade estavam aproveitando essa possibilidade para dominar as primeiras posições com conteúdos semelhantes.

15. BERT (2019)

Ainda em 2019, o BERT foi introduzido como mais uma das atualizações do Google. Essa sigla significa "Bidirectional Encoder Representations from Transformers" e inicialmente impactou apenas sites em inglês.

O objetivo dessa ação era compreender as buscas de forma mais semelhante ao pensamento humano.

16. Favicon e Posição 0 (2020)

Conteúdos que apareciam na Posição 0 (também conhecidos como snippets) não seriam duplicados na posição 1, abrindo espaço para um site diferente.

17. Page experience update e Core web vitals (2021)

Essa atualização não só abordou importantes aspectos da experiência do usuário, mas também apresentou atualizações nos Core Web Vitals para a comunidade. Esses são direcionamentos do Google sobre pontos de qualidade considerados importantes para o ranqueamento nas páginas de resultados de pesquisa.

18. Core updates de junho e julho (2021)

Outro Core Update, no qual as práticas documentadas pelo mecanismo de busca foram analisadas e afetaram sites em todo o mundo.

Nessas atualizações, o Google tinha como objetivo identificar links publicados com a intenção de promover spam ou prejudicar a experiência do usuário.

21. Core update de novembro (2021) e maio (2022)

Como de costume, o Google não costuma divulgar detalhes específicos sobre o que será analisado nessas atualizações do Core Update, nem estabelece um prazo definido para sua conclusão.

O segundo semestre de 2021 e o primeiro de 2022 foram marcados por essas atualizações significativas, causando mudanças nas páginas de resultados de pesquisa e exigindo uma revisão das melhores práticas para sites e blogs.

22. Core Update (2022)

Core Update 2022 foi anunciado como mais uma das atualizações do Google com o objetivo de aprimorar o processo de ranqueamento do buscador de forma geral. Diferentemente de atualizações menores que se concentram em questões específicas de qualidade, esse update visa melhorias abrangentes.

Esse update é significativo e foi confirmado após observações da comunidade internacional, quando uma atualização de algoritmo não confirmada foi lançada, resultando em uma alta volatilidade na SERP, avaliada em 9.4/10 pontos.

O Google, por meio de um anúncio oficial, declarou que os Core Updates correspondem a melhorias gerais nas buscas para acompanhar a constante evolução da web. Essas otimizações não são específicas, mas têm o potencial de causar impactos notáveis no desempenho de alguns sites.

23. E-E-A-T (2022)

Em 2022, o Google anunciou uma atualização no E-A-T, que agora se tornou E-E-A-T, com a adição de mais um "E" para "Experiência". Isso significa que os produtores de conteúdo precisam criar conteúdos mais técnicos e aprofundados, demonstrando que os produtos descritos ou o conteúdo produzido foram feitos por especialistas na área.

24. Helpful Content – atualização de conteúdo útil (2022)

Anunciada em agosto de 2022 e iniciada em dezembro do mesmo ano, a atualização Helpful Content visa entregar aos usuários os melhores conteúdos, com foco nas pessoas.

O objetivo é que os sites forneçam conteúdos que considerem a experiência do usuário, em vez de se concentrar apenas nas boas práticas de SEO. É uma atualização voltada para a experiência do usuário.

25. Core Update (2023)

O Core Update é o principal algoritmo do Google. Neste caso, sendo apenas uma atualização dele, assim como o Helpful Content, o Google melhorou a busca da SERP mais uma vez, priorizando conteúdos com melhor experiência para o usuário em março de 2023.

Para criadores de conteúdo e sites bem posicionados, essa atualização gerou grandes mudanças de posições e tráfego. Atualmente, em agosto, o Google confirmou outra atualização do Core Update, buscando aprimorar ainda mais a experiência de busca dos usuários na web.

Você pode ver todas as atualizações do Google através do site do próprio buscador.

Aprendeu o que é SEO?

Esperamos que este conteúdo tenha ajudado a entender mais sobre oque é SEO e começar a dar os primeiros passos para fazer com que suas páginas comecem a ranquear melhor no Google.

Por fim, lembre-se que o tempo de permanência de usuários em uma página também é relevante para o algoritmo do Google. Portanto, caso seja dono de sua própria loja virtual, não se esqueça que um dos principais motivos que fazem usuários sair de sua página são dúvidas sobre produtos.

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